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X‑energy capta US$ 700 milhões e acelera produção de SMR
Tecnologia

X‑energy capta US$ 700 milhões e acelera produção de SMR

25 de nov. de 2025
4 min de leitura
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Por Davi Manoel

Salve Geeks, como vocês estão? A X-energy anunciou a captação de US$ 700 milhões em uma rodada Série D, reforçando sua produção de SMR e a estratégia para montar a cadeia de suprimentos desses pequenos reatores modulares.

O novo aporte e o histórico financeiro

A rodada Série D chega menos de um ano depois da ampliação da Série C — que passou de US$ 500 milhões para US$ 700 milhões — e eleva o montante levantado pela empresa para cerca de US$ 1,8 bilhão até o momento. Fontes da cobertura original incluem a reportagem do TechCrunch e as comunicações públicas da própria X-energy.

Para que serão usados os recursos

A empresa afirma que os recursos vão ajudar a estruturar a cadeia de suprimentos e a industrialização dos seus reatores Xe-100. A X-energy informa ter pedidos para 144 unidades, somando cerca de 11 gigawatts de capacidade contratada, com clientes que incluem Amazon, Dow e a britânica Centrica.

Quem entrou na rodada

A rodada foi liderada pela Jane Street, que já havia participado da Série C ampliada. Outros investidores listados pela X-energy incluem fundos da Ares Management, ARK Invest, Corner Capital, Emerson Collective, Galvanize, Hood River Capital Management, NGP, Point72, Reaves Asset Management, Segra Capital Management e XTX Ventures.

Como funciona o Xe‑100 (explicação técnica)

O Xe-100 é um reator de alta temperatura resfriado a gás (hélio). Cada unidade tem capacidade nominal de cerca de 80 megawatts elétricos e opera com combustível do tipo "pebble bed" — pequenos seixos do tamanho de bolas de bilhar revestidos e contendo partículas de urânio. No interior do núcleo, o gás hélio circula sobre esses seixos, recolhe calor e o transfere para um gerador (normalmente uma turbina a vapor), convertendo calor em eletricidade.

Em termos práticos para o público geek: pense em pequenos elementos de combustível como "módulos" que dissipam calor de forma passiva e em um circuito de gás inerte (hélio) que atua como o fluido térmico — menos água, mais temperatura e, teoricamente, maior eficiência térmica em certas faixas.

Contexto de mercado e parcerias

O interesse por soluções nucleares modulares cresceu com a procura de empresas de tecnologia e operadores de centros de dados por energia firme e de baixa intensidade de carbono. O Climate Pledge Fund da Amazon liderou a primeira parcela da Série C da X-energy e a Amazon anunciou acordos que podem resultar em compras de capacidade nuclear na casa das centenas de megawatts no Noroeste do Pacífico e na Virgínia, com primeiras entradas em operação esperadas no início da década de 2030 e até 5 gigawatts previstos em cenários longos (até 2039) — conforme comunicações públicas da Amazon e da própria X-energy.

O que isso significa para a infraestrutura elétrica

  • Escalonamento da produção: recursos ajudam a criar fornecedores e fábricas capazes de produzir componentes repetíveis para SMR.
  • Demanda corporativa: contratos com grandes consumidores (cloud, indústrias) trazem previsibilidade comercial.
  • Desafios regulatórios e de construção: apesar do interesse, poucos SMRs foram concluídos até hoje, e nenhum projeto do tipo já foi totalmente implantado nos Estados Unidos até o momento.

Prós e contras

  • Prós: energia firme, menor pegada de carbono comparada a fósseis, potencial de produção em série.
  • Contras: necessidade de robusta cadeia de suprimentos, desafios regulatórios, cronogramas longos e custo inicial alto.

Perguntas frequentes rápidas

  • SMR é seguro? Os SMR modernos são projetados com confinamentos passivos e sistemas de segurança redundantes, mas segurança também depende de regulação, construção e operação.
  • Quando aparecem os primeiros reatores? A X-energy e seus parceiros falam em entradas em operação no começo da década de 2030 para alguns projetos; planos mais amplos estendem-se até 2039 em cenários de maior implantação.
  • Isso elimina necessidade de renováveis? Não: SMRs tendem a complementar fontes intermitentes (solar e eólica) fornecendo energia firme quando o sol e o vento não geram.

Se quiserem, posso separar um post técnico detalhado sobre o funcionamento do combustível em "pebble bed" e as diferenças entre refrigeração a hélio e a água — é um tema perfeito para quem curte engenharia e hardware com cara de ficção científica.

Fontes para conferência: TechCrunch (cobertura do financiamento) e o site da X-energy. Para informações sobre o fundo da Amazon: Climate Pledge Fund (Amazon).

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